terça-feira, 27 de maio de 2025

A Pioneira na Portas Abertas: o Brasil e a Igreja Perseguida

Elmira Pasquini foi pioneira e fundadora da Portas Abertas, missão que impactou todo o Brasil na luta pela Igreja Perseguida.

Elmira Pasquini, pioneira na Portas Abertas Igreja Perseguida.
Neste mês de maio, a Missão Portas Abertas celebra seus 47 anos de atuação no Brasil. Com um coração voltado para a missão, Elmira Pasquini, criadora do escritório em São Paulo, não tinha ideia do quanto a iniciativa da Portas Abertas se estenderia por todo o território nacional, dando visibilidade a causa da Igreja Perseguida no mundo

Em 1972, ela recebeu um convite para uma conferência da Aliança Cristã Hospitalar Internacional, na Áustria. Foi nesse evento que teve seu primeiro encontro com o renomado Irmão André, que conhecia apenas através do livro "O contrabandista de Deus".

Elmira estava extremamente animada para conhecer de perto aquele homem por quem tinha tamanha admiração por desbravar fronteiras de perseguição em defesa do Evangelho. Durante a conferência, Elmira fez uma pergunta ao Irmão André: "Quando você irá para o Brasil?". Sua resposta foi rápida: "Ore".

Já em 1975, Elmira o reencontrou em outro congresso da IHCF e questionou sobre sua visita ao Brasil, ao que ele respondeu: "Você não orou o suficiente". Dois anos depois, em 1977, Elmira soube que o Irmão André passaria pelo Brasil para falar no Maracanã. Apesar do entusiasmo daquele homem, o evento não despertou a atenção dos cristãos da localidade, ocorrendo, de todo jeito, com menos de 100 pessoas. Ela então viajou ao Rio de Janeiro e organizou uma reunião com ele em São Paulo.

Um reencontro marcante

Em um culto realizado num sábado na Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo/SP, ocorreu um momento marcante de oração pela Igreja Perseguida. Um fato chamou a atenção de muitos: mais de mil pessoas participaram do evento, se ajoelharam e clamaram em favor da Igreja Perseguida. Essa foi a primeira manifestação pública do povo brasileiro em defesa dos cristãos perseguidos no mundo.

Na mesma noite, foi levantada uma significativa oferta para os cristãos perseguidos, evidenciando também o compromisso financeiro da igreja brasileira com a causa. A partir de então, outras reuniões foram agendadas para discutir a organização da Missão Portas Abertas, que foi oficialmente fundada como entidade em 1º de maio de 1978, com uma diretoria nacional que contou com a participação da irmã Elmira por, pelo menos, três anos.

Logo depois, ela sentiu que era o momento de se dedicar ao trabalho que já realizava na União Médico-Hospitalar. Após uma avaliação geral, Elmira percebeu que foi um instrumento de Deus para dar início a esse projeto no Brasil.

"A oportunidade que tivemos de iniciar a Portas Abertas foi tão imensa, tão preparada pelo Senhor, que simplesmente precisávamos trabalhar para passar adiante a causa", disse irmã Elmira.

Em 25 de fevereiro de 2022, a irmã Elmira faleceu, aos 95 anos, deixando um legado de amor, intercessão e compromisso com a causa dos cristãos perseguidos em todo o mundo, continuada hoje pela Portas Abertas no Brasil.

O Trabalho da Missão Portas Abertas

igreja perseguida no mundo portas abertas

Por mais de 60 anos a Missão Portas Abertas vem fazendo a diferença na vida de milhares de pessoas perseguidas por professarem a fé cristã. Esse apoio vem através de projetos implantados em locais onde a Igreja de Cristo não é livre para o exercer e declarar abertamente sua fé em Jesus Cristo.

O ministério da Portas Abertas atua em mais de 60 países de duas formas, com escritórios, denominados "bases" nos quais mais de 1.000 pessoas, entre voluntários e funcionários trabalham ainda hoje: são as bases de campo, responsáveis pela elaboração e execução dos projetos, e as chamadas bases de desenvolvimento, que tratam do engajamento de parceiros, da intercessão e da doação, além da captação de recursos para a execução dos projetos no campo, como é o caso da base no Brasil.

O que faz todo esse trabalho se tornar realidade são os milhares de parceiros e apoiadores, pessoas comuns que tomaram a decisão de colaborar com a causa do Evangelho de Jesus Cristo. A Missão Portas Abertas é um instrumento de conexão entre os cristãos perseguidos e a Igreja que serve, que socorre, que crê e que é enriquecida e transformada com os testemunhos de perseverança e de .

Fonte: Portas Abertas


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Ansiedade e depressão afetam a saúde mental dos pastores


Um tema tem sido recorrente no meio evangélico: a saúde mental de líderes evangélicos. Em 2024, uma pesquisa chocante da Visão Mundial revelou que mais da metade dos líderes religiosos enfrentam a depressão.

A pesquisa "O estado dos Pastores" (The State of Pastors, em inglês) traz esse dado alarmante e acende um alerta para a saúde mental de pastores e outros líderes que, muitas vezes, são vistos como pilares de força e fé em suas comunidades.

A saúde mental dos líderes e pastores evangélicos não vai bem e algo precisa ser feito

O artigo destaca que, apesar de serem fontes de apoio e orientação espiritual para muitos, esses líderes estão sob uma pressão imensa. Eles lidam com as expectativas da congregação, as demandas ministeriais, os conflitos internos da igreja, além de seus próprios desafios pessoais e familiares.

Essa sobrecarga, aliada à, muitas vezes, falta de um suporte adequado e de um espaço seguro para expressar suas próprias vulnerabilidades, contribui significativamente para o surgimento de problemas de saúde mental, como ansiedade e a depressão, a ponto de terem que se afastar de suas funções.

Casos recentes chamam a atenção

Em abril deste ano, o Pastor e cantor Stênio Marcius deixou a seguinte mensagem "Cremos nos caminhos que Deus está traçando e na bendita providência", e se afastou do ministério para tratar depressão. Ele é pastor presbiteriano em São Paulo, capital, no presbitério de Guarulhos.

Pastor Stênio Marcus durante ministração


A mensagem deixada também expressa gratidão pelas manifestações de apoio recebidas nos últimos dias, destacando doações e gestos de carinho tanto de igrejas quanto de fiéis no Brasil e no exterior.

"Somos muito gratos pelas inúmeras ofertas e demonstrações de carinho das igrejas e dos irmãos no Brasil e no mundo. Cada oração e contribuição têm sido fundamentais nesse período difícil. Muito obrigado pelo amor e suporte constante".

No final, há um pedido por orações, não só pela saúde emocional de Stênio, mas também por sua família. A publicação gerou grande repercussão entre os membros da comunidade cristã, recebendo mensagens de apoio e solidariedade de artistas, líderes e admiradores do ministério de Stênio.

Outro caso

Situação parecida foi a do pastor Júnior Braga, que preside a igreja evangélica "É Tempo de Vencer", em Sena Madureira, município do estado do Acre, e que está afastado de suas atividades desde o início deste ano. Neste período, ele se encontra em Minas Gerais, seu estado natal, recebendo tratamento especializado.

Em determinado momento, ele declarou:

"Cheguei a um ponto de desgaste que me levou à ansiedade e, posteriormente, à depressão. Para quem não entende, pode parecer besteira, mas quem já experimentou ansiedade e depressão compreende a dureza disso".

Com sua família em Minas Gerais, ele tem recebido apoio psicológico na esperança de se recuperar e retornar às suas atividades: "Peço orações aos irmãos por mim e por minha esposa. Estou lutando para conseguir voltar".

Experiência que serve de ajuda

O pastor Júnior Martins inspirado nas observações e na vivência pessoal elaborou a obra "A Batalha Silenciosa dos Pastores – Depressão e Suicídio dos Líderes da Igreja Contemporânea Brasileira".


"Vários pastores enfrentam profundos desafios em sua saúde emocional e mental, mas se encontram sem opções seja pelo receio do estigma, seja pela falta de apoio dentro da própria congregação", declarou Martins, que também é professor e diretor de seminário.

Ter superado um burnout e viver em uma comunidade com altos índices de suicídio serviram de motivação para escrever o livro:

"Com o passar do tempo, percebi que outros colegas de ministério também enfrentavam essas mesmas questões em silêncio. Foi nesse momento que compreendi: era fundamental quebrar o silêncio e criar um ambiente propício ao cuidado".

Em vez de discutir a saúde mental de forma genérica, o pastor Júnior Martins concentrou-se nas particularidades do ministério pastoral, apresentando experiências reais e métodos práticos que podem ser aplicados no cotidiano.

"Este livro se distingue de outras obras que abordam depressão e ansiedade ao focar na experiência singular e muitas vezes invisível dos pastores".

Além disso, segundo o autor, o livro oferece uma análise aprofundada dos tabus e obstáculos culturais que existem nas igrejas em relação a essa temática.

Em resumo, tanto a pesquisa de 2024, quanto os recentes casos deste ano, jogam luz sobre uma realidade preocupante: a de que aqueles que cuidam da fé de outros também precisam de cuidado. É um convite à reflexão sobre como as comunidades religiosas podem oferecer mais apoio e recursos para a saúde mental de seus líderes.

O que a Bíblia diz sobre isso

A Palavra de Deus apresenta muitos trechos que abordam o tema ansiedade e como podemos lidar com ela e ter uma boa saúde mental.

Em 1 Pedro 5:7, o apóstolo que negou o Mestre momentos antes do Cristo ser crucificado, declarou:
"Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês".

Desde aquele período e em meio às tribulações decorrentes da perseguições sofridas pelos cristãos, o apóstolo Paulo, instruiu a Igreja que estava em Filipos, em sua carta aos Filipenses a não deixar sermos conduzidos pela ansiedade, mas a apresentar a Deus nossas petições em orações e súplicas:
"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, apresentem seus pedidos a Deus". Filipenses 4:6-7

Certamente, a Bíblia nos aponta o caminho para uma boa saúde mental: aquietar nossa alma e depender sempre de Deus, como diz a canção "Aquieta minh'alma", interpretada por Thamires Garcia.

Assista ao vídeo: 




sábado, 17 de maio de 2025

Quando o amor supera a dor: “Você transformou algo mau em algo bom”.

Montagem de imagens do vídeo


Em um momento de debate público promovido pelo ativista político norte-americano e conservador Charlie Kirk, a multidão foi surpreendida quando uma mulher com uma criança nos braços que se aproxima e pede a palavra:

"Não era minha intenção vir até aqui, mas eu ouvi alguém dizer sobre como os abortos são importantes porque evitam que bebês concebidos em estupro passem a fazer parte da população. Eu gostaria de dizer que, ao afirmar isso, eles estão querendo eliminar pessoas importantes".


"Quatro anos atrás, eu fui estuprada pelo meu pai e eu escolhi não abortar e esse foi o resultado da minha decisão". Nesse momento, a jovem mãe, que não tem o nome revelado, é aplaudida pela multidão e pelo debatedor.


"Eu sinto muito pelo que aconteceu com você. Que se trata de incesto e estupro. Foi algo terrível que aconteceu com você", se solidariza Charlie Kirk com a moça, e continua: "Qual sua mensagem às pessoas que dizem que bebês concebidos em estupro não são seres humanos?"


"Eles são seres humanos com toda certeza. Eles são criados um a um por Deus e eles podem realizar coisas bem importantes. Acredito que eles vão crescer e ajudar pessoas.", afirmou a mulher visivelmente emocionada.

"Louvado seja Deus! Você transformou algo mau em algo bom. Deus te abençoe e muito obrigado!", concluiu Kirk.

Vale salientar que o direito ao aborto nos Estados Unidos tornou-se uma questão complexa e controversa, tendo sido liberado em todo país até 2022. Porém, uma decisão da Suprema Corte naquele mesmo ano, derrubou o direito ao aborto a nível federal, deixando cada estado livre para regulamentar o procedimento.

Aborto no Brasil


No Brasil, o aborto é crime e o direito à vida está previsto na Constituição Federal como direito fundamental. Porém, em três possibilidades, opera a excludente de ilicitude, ou seja, uma permissão para que o aborto aconteça sem que os envolvidos respondam pelo crime: em casos de gravidez decorrente de estupro e risco à vida da gestante, bastando para isso o consentimento dela ou de seu responsável legal ou ainda em casos de anencefalia do feto – um tipo de má-formação congênita incompatível com a vida fora do útero e caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo. Este último está autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2012.

Comentários impressionam

O que chama mais atenção na postagem do Instagram (vídeo abaixo) é a imensa quantidade de mulheres manifestando apoio à vítima, que escolheu manter a gravidez e preservar a vida do bebê.

"Ela entende que sofreu uma violência mas sabe que o filho dela não tem culpa pelo o que aconteceu, a amiga da minha mãe também foi abusada, ela teve uma filha, ela também ama muito a filha dela".


"Minha escolha tem 11 anos e é o maior da minha vida. Não se ajuda alguém abusad0 com outro abus0".


"4b0rt0 é uma covardia, um egoísmo. Tirar a vida de alguém (acima de tudo, inocente) para colocar a sua em primeiro lugar".


"Um assassinato não cura uma trauma, ele destrói o que há de mais belo em um ser, a verdadeira essência de ser humano".

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